ONU: 2008 é o Ano do Planeta Terra

Em que planeta você vive? Esta pergunta geralmente é feita para despertar pessoas que, numa determinada situação, estão alheias ao que ocorre ao seu redor. A partir de 2008, contudo, a pergunta será “o que fazer para continuarmos vivendo neste planeta?”.Em 22 de Dezembro de 2005, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) aprovou a Resolução 60/192 proclamando 2008 como Ano Internacional do Planeta Terra, inserido na Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014).

O Ano Internacional do Planeta Terra tem como objetivo construir sociedades mais seguras, saudáveis e prósperas com apoio do conhecimento de 400 mil especialistas em geociências existentes. Sob o tema “Ciências da Terra a Serviço da Sociedade”, vários encontros científicos ocorrerão durante 2008 em várias partes do mundo, as atividades estão a cargo da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e da União Internacional de Ciências Geológicas (UICG).

O Ano Internacional do Planeta Terra também convida cientistas a abordar dez temas especialmente importantes para o homem: a saúde, o clima, os aqüíferos, os oceanos, os solos, as camadas profundas do planeta, as megalópoles, as catástrofes, os recursos naturais e a vida. A medida ainda contribui com os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas por meio do incentivo à utilização racional dos recursos geológicos do planeta e do estímulo a melhores planejamentos e gestões que atenuem os riscos naturais que ameaçam a população mundial.

Logo Ano do Planeta

Fontes: Site da Unesco e  Site Oficial do Ano do Planeta

Comentários do Charles:

Nada mais apropriado, afinal temos somente uma Terra para viver. A iniciativa da ONU, não só para reunir conhecimento geocientífico, tem um objetivo de comunicação e educação. É reflexo da crescente preocupação dos habitantes da Terra (nós) com a nossa sobrevivência – que obviamente depende da sobrevivência do nosso planeta.

A organização e o desenvolvimento do conhecimento científico sobre a Terra ajudará as nações a entender como o planeta funciona e a reduzir riscos (ou ao menos reduzir os danos) de fenômenos e tragédias como o Tsunami de 2004. E também nos ajudará, como sociedade global, a perceber o quanto estão escassos os recursos naturais vitais, como a água potável.

O aspecto educacional da iniciativa trará parte deste conhecimento científico a nós leigos. Se antes a “consciência ecológica” era apenas uma miltânicia ou postura bonita em defesa de espécieis animais e vegetais, hoje é uma postura inteligente em favor da vida humana.

O que se espera é que esta inicitiva não se restrinja apenas ao meio científico. Que nós cidadãos habitantes da Terra tenhamos uma postura pelo consumo responsável e pela preservação dos recursos naturais. Que nossas empresas (que aliás, são formadas por terráqueos também) pensem que sua capacidade de se sustentar, depende não somente do lucro aos acionistas mas também da sociedade a que está inserida e claro, depende de não destruir o que resta do planeta. E que nossos governos saiam do discurso e do papel, para agir em defesa do planeta, do ponto de vista político, legal e econômico.

Charles A. Müller é profissional de comunicação social e editor do SiteCharles.com.

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