Uso racional da água
Por muito tempo, a água foi considerada um recurso inesgotável em nosso planeta.
Foi. Pois, está cada vez mais escassa.
Saiba como utilizar racionalmente um dos fatores da sobrevivência humana.
Nosso corpo é formado por 70% de água. Além de água para beber, precisamos de água para preparar alimentos e para higiene. Nosso sistema econômico precisa de (muita) água, para produzir bens de consumo (desde alimentos até utensílios metálicos) e também para manutenção de nossas cidades (limpeza, saneamento, transporte etc.).
A população aumenta e logo, a demanda pela água cresce, juntamente com seu valor social e estratégico para qualquer país. Apesar de que 2/3 da superfície da Terra ser de área coberta por água (o que nos permitira chamar de “Planeta Água”), apenas 0,36% está disponível para consumo, segundo estudos da ONU em 1998. Afinal não podemos contar, no momento, com águas de geleiras nem de oceanos. E pior, a distribuição não é uniforme. No Brasil, por exemplo, 80% da concentração de água está na região amazônica, que concentra pouco da população nacional.
Muitos dizem que se o petróleo é causa de guerras hoje, a água será a causa em pouco tempo. O fato é que, quando se fala em água, qualquer dado sempre aponta para três aspectos: sua importância, sua escassez, a necessidade de preservar esse bem natural.
Diante da crescente falta de água, o que fazer?
1) Atenção à Poluição
Além do aumento de demanda, a poluição é grande fator de causa da escassez de água potável. É preciso evitar o aumento da poluição de águas (incluindo as nascentes dos rios e origens no subsolo) e despoluindo áreas já poluídas (um preço alto, que em muitos locais, precisa ser pago).
2) Uso Racional da Água
Significa usar este escasso recurso de forma correta. Por exemplo:
- Racionamento: a redução sistemática do abastecimento para uma área (bairros de uma cidade em rodízio de corte), para uma finalidade (proibir uso em lavação de veículos e calçadas) ou num período (horários de corte) promovida pelas concessionárias de distribuição, com normas impostas por órgãos governamentais. É o chamado “remédio amargo para doentes em estado grave”. Vale como solução emergencial apenas.
- Busca de novas fontes: por exemplo, a desanilização de água do mar, ainda cara, mas tema de várias pesquisas de aprimoramento.
- Reuso e reciclagem da água: aproveitar água que cai (chuva), reaproveitamento de água em processos industriais, etc.
- Aumento de preço: solução parcial de resultado incerto. Seria cobrar mais pelo abastecimento ou até pelo uso das fontes de água.
- Consumo responsável: a principal medida.
3) Educação e leis
Não adianta se desenvolver meios de combater a poluição e o desperdício se a sociedade não incorporar esta causa. De um lado, são necessárias leis que punam quem polui ou desperdiça. De outro, muito importante, são necessárias ações de educação ambiental – é o caso do projeto Água na Escola.
O consumo responsável começa por atitudes simples, como preferir lavar o carro com balde e não mangueira. Para os lava-jatos, neste exemplo, os postos podem adotar medidas como aproveitar água da chuva e reaproveitar a água da lavação (em ciclos ou enviando esta água para outros meios, como descargas de banheiro e pátio). A propósito, já existem técnicas de limpeza de veículos a seco e com pouca água. Outro exemplo simples, é não deixar torneiras abertas ao escovar os dentes ou lavar louças, vá fechando e abrindo conforme a necessidade real.
Outro detalhe importante é o cuidado com dispositivos hidráulicos. Uma torneira que não fecha corretamente pode gotejar e com isto desperdiçar 46 litros de água por dia. Já uma abertura ou um vazamento, que provoque um filete de 2 mm de água provocará um desperdício diário de 4.900 litros. Os dados são da Sabesp.
A tecnologia, no caso da hidráulica, pode ajudar. Os produtos de fechamento automático reduzem drasticamente o desperdício (em média 20%, chegando até a 77%). É o caso das torneiras de fechamento automático e das válvulas de descarga. As primeiras recebem um toque para abrir o fornecimento de água (no caso das eletrônicas, um sensor detecta presença sem toque) e depois de um tempo, o fluxo de água é fechado. E também das válvulas de descarga, que também acionam a água com um toque na tecla e depois encerram sozinhas. Já os vasos sanitários precisam estar dentro da nova regulamentação, de 6 litros de água por fluxo (descarga). Daí a recomendação de se usar uma válvula de descarga que permita regular o fluxo (de acordo com o vaso) e preferencialmente uma com duplo acionamento (uma tecla para sólidos e outra para líquidos, que libere meia descarga).
Saiba Mais:
- Sabesp – www.sabesp.com.br Cia. de Saneamento de SP, com destaque para a página de Uso Racional.
- PURA USP, da Universidade de São Paulo http://www.pura.poli.usp.br/
- Agência Nacional de Águas (Governo Federal) http://www.ana.gov.br/
Charles A. Müller é profissional de comunicação e marketing, editor do SiteCharles.com. Desde 2000 se aprofunda na questão da água no setor de construção civil.
Importante: este artigo possui indicação de produtos comerciais. Contudo, não se trata de artigo patrocinado, foi publicado espontaneamente pelo editor.
Tirei bastante proveito dessa pesquisa. Vai dar para eu tirar os pontos necessários na aula de biologia. Obrigada.
Iracilda grato pela visita e claro, pode citar o artigo (citando também o SiteCharles.com como fonte).
Fico feliz em ver que os temas sustentabilidade e uso racional de recursos naturais (como a água) são pautados em sala de aula.
Para quem é professor recomendo ainda conhecer o site http://www.aguanaescola.org.br
Novos artigos sobre sustentabilidade serão publicados aqui, no SiteCharles.com Sencivitas.
site interessante;traz informaçoes uteis a todos.Principalmente docentes e discentes,em atividades pedagogicas.